Há coisas que mexem muito comigo, tento ao maximo, especialmente nos últimos tempos deixar as coisas más para trás e ficar apenas com as boas, começo o meu dia pensando em tudo o que de bom a minha vida tem, lembro uma depois dessa vem outra e quando chego ao fim o rol já é grande e acabo por achar que no fundo so uma afortunada.
Uma das coisas boas que a minha vida tem é o amor de duas crianças, aquele amor que as crianças têm e são capazes de dar quando sentem que do outro lado está alguem que caminha com elas, lhes ampare as quedas, as mima, é amiga. Quis o destino que eu fizesse parte activa da vida dessas crianças de uma forma muito activa por cerca de 3 anos e alguns meses, saber deles é uma constante da minha vida e se não pergunto directamente de uma forma ou d outra vou sabendo se estão bem, o que andam a fazer e vou ficando contente ( um contente À minha maneira) por saber que estão bem de saude, que se divertem, que continuam a fazer disparates.
Ontem estive com o mais velho, a alegria dele quando me viu foi genuina, deu-me um abraço aperttado e repetia vezes sem conta o quanto gostava de mim, depois disso veio uma conversa mais "seria" onde ele me contou as "amarguras" da vida dele. Levou todo o cam inho a fazer comparações entre mim e alguem que segundo ele não gosta muito, dizia-me ele, tu nunca me bateste...às vezes ralhavas mas nunca me bateste ( acho k se esqueceu de uma palmadita que lhe dei uma vez na praia :)) tu brincavas comigo, tu ajudavas-me a apertar os botões e nunca fazias queixas ao pai, tu ajudavas-me com a farda dos escuteiros, tu tu tu tu.
O meu coração ficou do tamanho de um caroço de cereja, tentei fazer-lhe ver que nem tudo deveria ser mau, que ele tinha de aprovetar todas as coisas boas dos dias, e que assim quem sabe não haveria tantos ralhanços, haveria mais brincadeira, mas ele estava irredutivel e dizia, ela não tem paciencia, grita muito, eu não gosto de estar com ela. Tentei fazer-lhe ver que há escolhas dos adultos nas quais as crianças não podem meter-se, mas ele não se convenceu, dizia-me mas porquê? porque é que ela não é mais amiga?
Aqui calei-me, não sabia o que responder, não conheço de quem ele fala, não posso nem quero fazer juizos de valor, mas posso e vou deixar aqui um apelo.
Amiga (sejas lá tu quem fores) trata bem essas duas crianças que elas são preciosas para mim! As traquinices e o mau comportamento por vezes trata-se com amor, dá que receberás de volta.
Pensei em tempos que se um dia soubesse que as crianças não gostassem das escolhas do pai ficaria feliz, sentiria ninguem me consegue substituir, que errada estava, na realidade eu quero mesmo é que elas sejam muito felizes comigo ou sem migo. Temos é de os ajudar a crescer de forma saudavel e felizes, isso sim é o que eu quero para estas duas crianças lindas que terão sempre um lugar no meu coração.
Hoje não consegui dormir, esperemos que logo mais à noite o cansaço vença.
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