sexta-feira, 11 de abril de 2008

A pequena vendedora de fósforos


O olfato tem destas coisas, rapidamente consegue transportar-nos muitos anos atrás, quando, sentada na sala de estar em casa da inha avó, num mãgnifico sofá verde eu me perdia num livro de histórias de encantar. esse livro era o primeiro de uma coleção de 4, era o que eu mais lia, disso tem marcas, com a capa a querer descolar-se.
Esses livros moram agora em minha casa e têm um lugar de destaque na minha estante.
Peguei nele à minutos e o cheiro que emanou quando o abri é incnfundivel, cheira à casa da minha avó, da minha querida avó, não pude deixar de pensar nela, não pude deixar de deixar correr uma lagrima, não consgui não sentir saudades.
Amo-te tanto avó, mas tanto que tenho fingido que foste viajar e que mais tarde ou mais cedo vais regressar. Não é verdade!
Não mais vou puder deitar a cabeça no teu colo para tu mexeres no meu cabelo.
Não mais vou poder pedir-te que me coces os pés!
Não mais vou comer a tua comidinha, tu cozinhavas tão bem avó!
Não mais vou poder dizer o qu sinto e ouvir-te dizer: deixa lá filha isso passa!
Não mais vou ver a tua cara a espreitar do segundo andar onde moravas quando eu batia à porta, mesmo sabendo que era eu ( pois só eu batia na porta daquela maneira não era avó?) lá estavas tu espreitando e sorrindo para mim!
Não mais!
A morte como nós a conhecemos é tão definitiva avó!
Por vezes visitas-me em sonhos, mas ainda não falaste comigo, porquê avó?
A página onde o livro se abriu tem uma pequena história, curiosamente fala de uma neta e de uma avó e da última noite de um ano, não poderia ser mais apropriado , aqui fica a história

A pequena vendedora de fósforos ( joão Cristiano andersen)

Na última noite do ano, uma peuena vendedora de fósforos estava sentada na neve.
Estava com os pés nus, enregelados do frio e o seu delicado corpinho tremia, constantemente agitado por calafrios martirizantes. Não tinha coragem de voltar para casa, porque não havia conseguido vender nem uma caixinha de fósforos e o pai a castigaria; e também porue, lá, em sua choça, cheia de buracos, não estaria, com certeza, mais quente do que na rua. para se aquecer, acendeu um fósfor e, mal brilhou a efemera chama, a pequena por artes mágicas, viu-se ante uma estufa, que a reanimou com o seu calor. Pouco depois, porem, o fosforo se apagou, a estufa desapareceu e a menina ficou novamente à mercê da neve. Acendeu outro, em seguida, e a parede à qual se recostava tornou-se transparente e a menina viu-se num aposento bem fechado, com uma grande mesa preparada ao centro e sobre a qual se via um pato assadop, coberto de loiras batatas. quando, porém, ela estendeu as mãos, avidamente, para aquela dádiva divina, o fósforo apagou-se, a visão desapareceu e, em seu lugar, viu-s de novo a desnuda parede.
Riscou um terceiro fósforo e , derrepente, viu-se a garota sentada em baixo d uma árvore de natal, sobre a qual luziam mil velas. Mas, apenas ergueu as mãos, o terceiro fósforo apagou-se e as velas foram subindo cada vez mais alto até até que se confundiram com as estrelas. E a árvore desapareceu na noite. Acendeu um quarto fósforoe, então surgiu uma grande claridade, no meio da qual se achava a sua vovozinha morta, que lhe sorria docemente. a menina a ela se dirigiu suplicante:
- Oh, avózinha , leva-me contigo! leva-me depressa, porque, assim que se apagar o fósforo, terás desaparecido també, como desapareceram a estufa, o pato e a árvore de natal.
E, para que a sua avózinha não sumisse, foi acendendo fósforos uns depois dos outros, gastando uma caixa inteira.
A avó, então, tomou a netinha nos braços e carregou-a para o alto, para bem lá no alto, onde não há frio, nem fome, nem sofrimentos.
Na manhã seguinte, foi encontrado o corpo inanimado de uma pequena vendedora de fósforos, ue tinha, durante a noite, morrido de frio....

Eu também acenderia todos os fosforos do mundo se isso te fizesse estar ao pé de mim...

1 comentário:

Catarina disse...

pensamos nela ao mesmo tempo...as saudades apertam muito